quinta-feira, 18 de abril de 2019

Bullying é também um problema econômico




O bullying na escola tem efeitos negativos que vão além do menor desempenho acadêmico das vítimas. Um estudo com jovens de 25 anos aponta uma incidência de problemas de saúde mental 40% maior naqueles que sofreram diferentes tipos de assédio moral, opressão e agressão durante o ensino médio. Os danos também aumentam em 35% a chance de ficarem desempregados, e a renda dos que conseguem emprego tende a ser 2% menor que a de seus pares.
Quanto mais frequente e mais intenso o bullying, maior o impacto negativo sobre as vítimas. Segundo os pesquisadores, as práticas incluem apelidos ridicularizantes ou ofensivos, exclusão de grupos, ameaças e agressões. “O bullying tem efeitos nocivos não apenas no curto prazo, mas ao longo de muitos anos”, diz Emma Gorman, do Departamento de Economia da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, co-autora do trabalho.

A pesquisa usou dados confidenciais de 7 mil alunos, obtidos no Estudo Longitudinal sobre Jovens na Inglaterra. Eles foram entrevistados em intervalos regulares até os 21 anos e, por fim, aos 25, e metade reportou ter sofrido algum tipo de assédio ou agressão quando tinha entre 14 e 16 anos. “O bullying está disseminado nas escolas”, lembra a pesquisadora.

Os prejuízos à vida acadêmica, no presente e no futuro, já eram bastante conhecidos. O novo estudo reforça que as vítimas têm menor probabilidade de entrar e progredir no ensino superior, mas acrescenta a perspectiva da saúde mental e da vida profissional. “Trata-se de um tema importante de políticas públicas. (...) É preciso adotar uma abordagem mais objetiva para reduzir o bullying”, alerta Gorman.

David Moisés




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